29 julho, 2010

La Barca Luiz Miguel





Luis Miguel

Dicen que la distancia es el olvido
Pero yo no concibo esta razón
Porque yo seguiré siendo el cautivo
De los caprichos de tu corazón

Supiste esclarecer mis pensamientos
Me diste la verdad que yo soñé
Ahuyentaste de mí los sufrimientos
En la primera noche que te amé

Hoy mi playa se viste de amargura
Porque tu barca tiene que partir
A cruzar otros mares de locura
Cuida que no naufrague en tu vivir

Cuando la luz del sol se esté apagando
Y te sientas cansada de vagar
Piensa que yo por ti estaré esperando

Hasta que tú decidas regresar

Supiste esclarecer mis pensamientos
Me diste la verdad que yo soñé
Ahuyentaste de mí los sufrimientos
En la primera noche que te amé

Hoy mi playa se viste de amargura
Porque tu barca tiene que partir
A cruzar otros mares de locura
Cuida que no naufrague en tu vivir

Cuando la luz del sol se esté apagando
Y te sientas cansada de vagar
Piensa que yo por ti estaré esperando
Hasta que tú decidas regresar

Tradução.

La Barca.Luis Miguel

dizem que na distancia se esquece
mas não aceito essa idéia
porque continuarei sendo escravo
das vontades do teu coração

iluminou meus pensamentos
me disse a verdade que precisava
arrancou de mim os sofrimentos
na primeira noite em que nos amamos

hoje minha praia se veste de amargura
porque teu barco teve de partir...?
para cruzar outros mares de loucura
cuide que não naufrague com sua vida

quando a luz do sol estiver apagando..
e estiver cansada de navegar
lembre-se que estarei te esperando
até que resolvas regressar

iluminou meus pensamentos
me disse a verdade que precisava
arrancou de mim os sofrimentos
na primeira noite em que nos amamos

hoje minha praia se veste de amargura
porque teu barco teve de partir...?
para cruzar outros mares de loucura
cuide que não naufrague com sua vida

quando a luz do sol estiver apagando..
e estiver cansada de navegar
lembre-se que estarei te esperando
até que resolvas regressar

Não sei quantas Almas Tenho


Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei, que senti.
Releio e digo: “Fui eu ?”
Quem criou sabe, porque o escreveu.


Fernando Pessoa