24 abril, 2014

Um Pássaro a Morrer







Não é vida nem morte, é uma passagem,  nem antes nem depois: somente agora,  um minuto nos tantos duma hora. 
 Uma pausa. 
Um intervalo.
 Uma viragem.  
 Prisioneira de mim, onde a coragem  de quebrar as algemas, ir-me embora,  se tudo o que em mim ria agora chora,  se já não me seduz outra viagem?  
 E nada disto é céu nem é inferno.
  Tristeza, só tristeza. 
Sol de Inverno,  sem uma flor a abrir na minha mão,  
 Sem um búzio a cantar ao meu ouvido. 
 Só tristeza, um silêncio desmedido  e um pássaro a morrer: meu coração.

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